Na noite de terça-feira, 30 de julho de 2025, o Sport Club Internacional viu sua sonhada caminhada na Copa do Brasil Estádio Beira-Rio ser abalada por uma derrota por 2 a 1 para o Fluminense Football Club. O gol de Johan Carbonero, o único do time gaúcho, não foi suficiente para conter o ataque letal do time carioca, que se impôs com dois gols de Everaldo. A partida, disputada sob um clima de pressão e expectativa, deixou o time da casa com a missão quase impossível de reverter o placar na volta, marcada para 26 de outubro, no Maracanã.
Um gol de esforço, mas falta de eficiência no ataque
O único gol do Internacional veio aos 35 minutos, quando Johan Carbonero, o atacante colombiano em empréstimo do Racing Club da Argentina, aproveitou um rebote após uma cobrança de escanteio e desviou com a cabeça para o fundo da rede. Foi o seu quarto gol na temporada — e o mais importante. Mas o que se viu depois foi uma equipe desorientada, que perdeu o ritmo após o tento e não conseguiu criar chances reais de igualar o placar. Enquanto isso, o Fluminense, com mais organização e velocidade, ampliou aos 40 minutos, quando Everaldo, após um contra-ataque rápido, finalizou com frieza. O primeiro gol do carioca, aos 9 minutos, já havia colocado o time visitante no controle do jogo.Curiosamente, o gol de Carbonero foi o único chute no alvo do Internacional nos 90 minutos. Dos 12 chutes registrados, apenas três foram direto ao gol — e um deles foi o do colombiano. O restante foi disperso, sem perigo real. A equipe de Alan Patrick, capitão e líder técnico, parecia confusa. O meia, que lidera o time como artilheiro com 9 gols em 21 jogos na temporada, foi marcado de perto e quase desapareceu no segundo tempo.
As jovens promessas que tentaram mudar o jogo
O Internacional apostou em três jovens da base: Victor Gabriel, que começou como zagueiro, e os substitutos Gustavo Prado e Richard. Victor Gabriel, de 20 anos, teve uma atuação sólida na defesa, mas não foi suficiente para conter as investidas do Fluminense. Gustavo Prado, de 19, entrou no segundo tempo e demonstrou velocidade, mas faltou precisão no último passe. Richard, também 19, entrou aos 30 minutos do segundo tempo, mas não teve tempo para impactar.Essa aposta na base é um sinal claro da filosofia do clube: formar jovens e confiar neles mesmo em momentos críticos. Mas, na prática, o futebol de alto nível exige mais do que entusiasmo. Falta experiência. Falta maturidade. E, principalmente, falta eficiência ofensiva. O time não criou uma chance clara de gol nos últimos 25 minutos — e isso é um problema sério para quem precisa vencer por 2 a 0 na volta.
Alan Patrick: o líder que não conseguiu inspirar
Alan Patrick é o coração do Internacional. O meia de 32 anos, com 21 jogos e 9 gols na temporada, é o artilheiro da equipe. Mas, contra o Fluminense, ele parecia cansado — não só fisicamente, mas emocionalmente. Foi o único a tentar levantar os companheiros, mas os passes não chegavam. Os cruzamentos eram mal direcionados. Os movimentos sem a bola, lentos.Ele não está sozinho. O time inteiro parece ter perdido o rumo desde a derrota por 2 a 0 para o mesmo Fluminense, em junho, no Campeonato Brasileiro. Desde então, o Internacional vem em uma sequência de resultados ruins: três derrotas em quatro jogos no Brasileirão, e agora, uma derrota em casa na Copa do Brasil. O clima no vestiário é tenso. Os torcedores começam a questionar: será que o time tem capacidade de reagir?
Quase impossível, mas ainda não impossível
O Internacional precisa vencer por 2 a 0, ou por 3 a 1, ou qualquer outro placar que garanta a classificação com vantagem no agregado. Em outras palavras: precisa marcar dois gols e não levar nenhum. É uma missão quase impossível — especialmente contra um Fluminense que vem em boa fase, com Everaldo em ritmo de artilheiro e o meio-campo controlando as partidas. O time carioca, por sua vez, tem a vantagem psicológica: já venceu os dois confrontos diretos em 2025.Se o Internacional quiser reverter, precisará de uma transformação radical. Mais pressão, mais velocidade, mais coragem. Talvez até mudar o esquema tático — e apostar em mais atacantes. Mas isso pode abrir espaços. E o Fluminense, que tem Enner Valencia (que entrou no segundo tempo em Porto Alegre) como opção de contra-ataque, não vai deixar escapar.
Um ano de altos e baixos
A temporada de 2025 do Internacional tem sido um misto de promessas e decepções. No Brasileirão, o time está longe da zona de classificação para a Libertadores — e o Vasco da Gama, em 13º lugar com 42 pontos, já está à frente. A Copa do Brasil era a última esperança de conquista. Agora, essa esperança está na ponta do fio.Os jogadores da base, como Victor Gabriel e Gustavo Prado, ainda têm tempo. Mas os veteranos — Alan Patrick, Carbonero, Borré — sabem que esta pode ser a última chance de levantar um troféu importante. O tempo está correndo. E o estádio, silencioso.
Frequently Asked Questions
Como está a situação do Internacional no Campeonato Brasileiro?
O Internacional ocupa a 14ª posição na tabela do Brasileirão Série A, com 38 pontos em 34 jogos, atrás do Vasco da Gama (13º, com 42 pontos). A equipe tem 11 vitórias, 5 empates e 18 derrotas, com saldo negativo de gols (-9). A classificação para a Libertadores está distante, e o time precisa de uma recuperação imediata para evitar a luta contra o rebaixamento.
Quem é Johan Carbonero e por que ele é importante para o Internacional?
Johan Carbonero, de 27 anos, é um atacante colombiano emprestado pelo Racing Club da Argentina. Com 4 gols em 16 jogos na temporada, ele é o terceiro artilheiro do time, atrás apenas de Alan Patrick (9 gols) e Rafael Borré (5 gols). Sua chegada trouxe mais agressividade no ataque, e seu gol contra o Fluminense foi o primeiro dele em jogos oficiais no Beira-Rio. É um dos poucos jogadores com capacidade de finalização precisa em situações de pressão.
O que o Fluminense precisa fazer para avançar na Copa do Brasil?
O Fluminense já está em posição confortável. Basta não perder por mais de dois gols de diferença no jogo de volta. Se marcar um gol no Maracanã, já garante a classificação. Se o Internacional vencer por 2 a 0, o jogo vai para a prorrogação. Mas o time carioca tem mais experiência em jogos decisivos e deve jogar com cautela, controlando o ritmo e evitando erros.
Por que Alan Patrick está sendo tão criticado apesar de ser o artilheiro?
Apesar de ser o maior artilheiro do time, Alan Patrick tem sido marcado de forma intensa e raramente recebe passes eficazes. Seu desempenho individual não reflete o coletivo: o time perdeu a fluidez, e ele parece isolado. Os torcedores esperam mais liderança e criatividade — e não apenas gols. A pressão aumenta porque ele é o capitão, e a equipe não avança sem ele.
Quais jogadores do Internacional podem ser decisivos no jogo de volta?
Além de Alan Patrick e Johan Carbonero, o meia Thiago Maia e o atacante Rafael Borré são fundamentais. Borré, que marcou 5 gols na temporada, precisa retomar o ritmo de finalização. Thiago Maia, se recuperado de lesão, pode dar mais movimento ao meio-campo. Também há a possibilidade de estrear o jovem Enner Valencia como titular — ele já entrou no primeiro jogo e impressionou com velocidade.
O que acontece se o Internacional for eliminado da Copa do Brasil?
A eliminação significaria o fim da única chance de conquista do clube em 2025. Com a temporada quase no fim, o foco se voltaria inteiramente para a manutenção na Série A. A pressão sobre a diretoria e a comissão técnica aumentaria, e o mercado de transferências de janeiro de 2026 poderia ser radical. Torcedores já começam a cobrar mudanças no modelo de gestão e no planejamento esportivo.