Luto no Ceará com a Perda do Crônista Esportivo Sebastião Belmino

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Adeus a um Ícone do Jornalismo Esportivo

Na última semana, o Ceará Sporting Club anunciou com imensa tristeza o falecimento de Sebastião Belmino Barbosa Evangelista, reconhecido cronista esportivo. Aos 76 anos, Sebastião Belmino era uma figura emblemática do jornalismo esportivo cearense, lembrado por sua maneira única e cativante de se comunicar com o público. Seu jeito irreverente e regional de narrar os eventos esportivos fizeram dele um personagem querido tanto pelas audiências quanto por seus colegas de profissão.

Nascido em uma pequena cidade do interior cearense, Belmino construiu uma carreira sólida e admirada. Desde cedo, seu talento para a comunicação era evidente. Ele começou no rádio, onde sua voz rapidamente se tornou familiar para os ouvintes cearenses. Com o passar dos anos, ele ampliou seu alcance, indo para a televisão e, mais recentemente, para as mídias digitais, onde continuou a encantar os fãs de esportes com suas análises e narrações apaixonantes.

Uma Vida Marcada pelo Entusiasmo e Alegria

Belmino era reconhecido por suas frases de efeito, incluindo a famosa 'Macho véi, e tome pufo!'. Essas expressões não eram apenas bordões; elas representavam seu entusiasmo genuíno e sua profunda conexão com a cultura local. Sua forma de falar e suas expressões regionais aproximavam-no do público, criando uma identificação imediata. Isso, combinado com seu vasto conhecimento sobre o esporte, fez dele uma referência no jornalismo esportivo.

Ao longo de sua carreira, Belmino cobriu inúmeros eventos importantes no cenário esportivo do Ceará. Ele não era apenas um espectador; ele era um participante ativo, analisando, narrando e, muitas vezes, prevendo os acontecimentos com uma precisão e paixão inigualáveis. Ele se destacou em diversas plataformas, seja no rádio, na TV ou na internet, sempre trazendo consigo sua marca registrada de alegria e irreverência.

Reconhecimento e Saudades

Os colegas de profissão destacam a generosidade e a camaradagem de Belmino. Ele era visto como um mentor, sempre pronto para oferecer conselhos e compartilhar suas experiências com os mais jovens. Muitos jornalistas esportivos que hoje se destacam no Ceará reconhecem a influência e o impacto positivo de Belmino em suas carreiras. Sua paixão pelo esporte e pelo jornalismo era contagiante, inspirando uma nova geração de comunicadores.

O público também tinha uma grande afeição por Sebastião Belmino. Suas transmissões eram aguardadas com ansiedade pelos fãs de esportes, que apreciavam não apenas a informação precisa, mas também a maneira divertida e apaixonada com que ele apresentava os fatos. Belmino tinha o dom de transformar qualquer jogo em um evento emocionante, mantendo a audiência cativada do início ao fim.

Uma Nota de Pesar e Solidariedade

O Ceará Sporting Club, em nota oficial, expressou sua profunda tristeza pela perda de Sebastião Belmino. A diretoria do clube ressaltou a importância de Belmino para o jornalismo esportivo e para a comunidade esportiva cearense. Eles destacaram a alegria e a irreverência que marcaram a carreira de Belmino, além de sua capacidade única de conectar-se com o público.

Em momentos difíceis como este, o clube se solidariza com a família, amigos e colegas de Sebastião Belmino. A perda de uma figura tão carismática e influente deixa um vazio imenso, mas seu legado continuará a inspirar e a ser lembrado por todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo e de acompanhar seu trabalho.

O Legado de Sebastião Belmino

Embora tenha nos deixado, a contribuição de Sebastião Belmino para o jornalismo esportivo permanecerá viva. Seu estilo único e sua paixão pelo esporte são lembranças que continuarão a iluminar o caminho de muitos jornalistas e aficionados por esportes. Ele ensinou que transmitir esportes vai além de relatar fatos; trata-se de envolver, inspirar e emocionar o público.

Em honra a um dos maiores cronistas esportivos do Ceará, a comunidade esportiva cearense deve continuar a celebrar o que Belmino representava: paixão, conhecimento e uma conexão genuína com o público. Descanse em paz, Sebastião Belmino. A sua voz, as suas palavras e a sua alegria contínua ressoarão através dos tempos.

Comentários:

Estrela Rosa
Estrela Rosa

Macho véi, e tome pufo! 🫡
Essa frase já era parte da trilha sonora dos domingos no Ceará. O homem era o som do estádio mesmo quando não estava lá.

julho 8, 2024 at 16:45
Janaina Jana
Janaina Jana

Ele falava como a gente pensa. Sem filtro. Sem medo. Só paixão.

julho 9, 2024 at 00:24
Lucas Lima
Lucas Lima

A fenomenologia da narração esportiva cearense, enquanto praxis discursiva híbrida entre o oralismo popular e a semiótica jornalística contemporânea, atingiu seu ápice com a figura de Belmino. Sua enunciação performática, marcada por um ethos regionalizado e uma carga afetiva intensa, funcionava como um mecanismo de coesão identitária para o público cearense, especialmente em contextos de marginalização simbólica no cenário nacional. A linguagem coloquial, longe de ser um limite, era uma estratégia de inclusão epistêmica.

julho 10, 2024 at 18:31
Dailane Carvalho
Dailane Carvalho

Isso tudo é só romantização. A mídia sempre exagera. O que ele fazia era falar mal de adversário e gritar como um louco. Nada de profissionalismo real.

julho 11, 2024 at 08:17
Cláudia Pessoa
Cláudia Pessoa

Muita gente fala que ele era único mas na verdade era só um cara que falava errado e repetia a mesma frase o tempo todo tipo macho véi e tome pufo e todo mundo achava engraçado porque era do Ceará mas se fosse de outro lugar seria só um palhaço

julho 12, 2024 at 21:00
Adelson Freire Silva
Adelson Freire Silva

Belmino era o povo falando por um microfone. Ele não era jornalista, era um poeta do asfalto com um headset. A gente não lembrava das jogadas, lembrava da forma que ele dizia 'toma pufo' como se fosse um grito de guerra. E se ele tivesse feito isso em São Paulo? Tinha sido chamado de analfabeto. Mas aqui? Era cultura. É isso que o sistema não entende.

julho 14, 2024 at 19:32
Lidiane Silva
Lidiane Silva

Eu lembro de ouvir ele na rádio com minha vó... ela chorava quando ele falava do Ceará ganhando... e eu não entendia por quê... agora eu entendo. Ele não contava jogos... ele contava histórias de gente. E isso... isso é raro. Muito raro. Eu vou sentir falta disso. Mesmo se eu não torço pro Ceará. Ele era de todos.

julho 16, 2024 at 02:28
Joseph Mulhern
Joseph Mulhern

O que aconteceu com o jornalismo? Antes era sério. Agora tudo vira show. Ele era um exemplo do que não deveria ser. Falando como se fosse um palhaço. Isso não é profissionalismo. Isso é espetáculo. E o público caiu nessa. É triste.

julho 17, 2024 at 04:51
Michelly Farias
Michelly Farias

Sabe quem tá comemorando a morte dele? Os donos da Globo. Eles não queriam ele na TV. Ele falava a verdade. Ele falava do interior. Ele não fazia propaganda do time do poder. Eles o silenciaram aos poucos. Agora ele morreu e eles estão fingindo que é um herói. Mentira. Ele era um incômodo. E agora tá quieto.

julho 18, 2024 at 00:28
Junior Lima
Junior Lima

O Belmino era o cara que a gente ouvia mesmo quando o jogo tava 0x0. Ele fazia o jogo valer a pena. Não era só o que ele dizia, era como ele dizia. Como se tivesse vivido cada lance. Ele era o nosso contador de histórias.

julho 19, 2024 at 06:48
maria eduarda virginio cardoso
maria eduarda virginio cardoso

Eu tinha 12 anos quando ouvi ele pela primeira vez. Não entendia tudo. Mas sentia. Sentia que ele amava. E isso era mais importante que qualquer análise técnica. Ele me ensinou que esporte é emoção. Não só estatística.

julho 20, 2024 at 05:11
Francisco Carlos Mondadori Junior
Francisco Carlos Mondadori Junior

Lembro que no jogo contra o Fortaleza em 2012, ele falou 'se o goleiro não pegar, é porque o céu não quer'. E o goleiro não pegou. A galera ficou doida. Depois descobri que ele tinha dito isso no treino também. O cara tinha alma de poeta e olho de detetive.

julho 22, 2024 at 02:20
Delphine DE CARVALHO
Delphine DE CARVALHO

Agora vão colocar estátua, nomear rua, fazer documentário... mas quando ele tava vivo, ninguém dava valor. Só agora que ele morreu é que o Ceará se lembra que tinha um gênio. É sempre assim. A gente só valoriza quando perde. E isso é triste. Muito triste.

julho 23, 2024 at 13:32
Nat Boullié
Nat Boullié

O legado de Belmino não está nas frases. Está na forma como ele fez o público se sentir parte do jogo. Ele não era um narrador. Era um anfitrião. Ele convidava. Ele incluía. Isso é o que o jornalismo esportivo perdeu. A humanidade. Ele não falava de jogadores. Ele falava de pessoas. E isso é a verdadeira arte.

julho 25, 2024 at 03:22
Iasmin Oliveira
Iasmin Oliveira

Essa coisa de chamar ele de ícone é exagero. Todo mundo que fala mal do Fortaleza é chamado de ícone. Ele só era um cara que gritava alto. Nada mais.

julho 26, 2024 at 10:37
Projeto Mente
Projeto Mente

E se ele não tivesse morrido? E se isso tudo for um plano? Eles mataram ele porque ele sabia demais. Ele sabia que os jogos eram manipulados. Ele falava coisas que não podiam ser ditas. Aí o silenciaram. O que vocês acham que aconteceu com os arquivos dele? Desapareceram. Tudo desapareceu. Ninguém pergunta. Mas eu pergunto.

julho 27, 2024 at 23:58
Gabriel Junkes
Gabriel Junkes

Eu nunca vi ele na vida. Mas senti ele. Ele era o tipo de pessoa que a gente sente falta mesmo sem ter convivido. Isso é raro.

julho 28, 2024 at 20:09
Léo Carvalho
Léo Carvalho

Tava na TV ontem e vi um cara tentando imitar ele. Fez um discurso de 5 minutos e falou 'mácho véi' 3 vezes. Ficou ridículo. Só ele tinha o dom. O resto é cópia barata.

julho 29, 2024 at 11:46
Luiz Felipe Lopes Araujo
Luiz Felipe Lopes Araujo

Acho que todo mundo tá exagerando. Ele era um cara que trabalhava. Não era um santo. Tinha defeitos. Mas tá bom, vamos fazer um culto. É mais fácil do que lembrar de fazer algo de verdade por quem ainda tá vivo.

julho 31, 2024 at 08:48
Rubens Camara Machado
Rubens Camara Machado

A narrativa de Belmino representa uma resistência cultural ao hegemonismo midiático. Sua voz, ancorada no vernáculo cearense, desafia a padronização linguística imposta pela mídia nacional. A sua presença, portanto, transcende o esporte: é um ato de afirmação identitária. Sua ausência deixa um vácuo sem precedentes na construção simbólica da memória coletiva regional.

agosto 1, 2024 at 13:30