Pedro Pascal fala sobre peso emocional e despedida marcante em 'The Last of Us' 2

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O lado sombrio de viver Joel Miller em 'The Last of Us'

Quando um ator se envolve profundamente em um papel, os limites entre ficção e realidade podem ficar borrados. Com Pedro Pascal, protagonista de The Last of Us, essa linha praticamente desapareceu na gravação da segunda temporada. Mesmo sabendo desde o início que Joel morreria — uma das mortes mais marcantes e comentadas da cultura pop recente — Pascal revelou que mergulhou de vez na dor da despedida. Não era só a trajetória do personagem que pesava: era o fim de uma parceria intensa com Bella Ramsey, a Ellie, e toda a equipe que se tornou quase uma família durante meses de gravação.

Pascal admitiu que, apesar de saber do destino trágico de Joel, decidiu viver uma espécie de "negação ativa" durante as filmagens. Por mais profissional que fosse sua postura, o coração pesava. Ele descreveu sua rotina nos bastidores como moldada por um estado emocional pouco saudável, alimentado por semanas de preparação para a famosa cena em que Joel é morto por Abby (vivida pela atriz Kaitlyn Dever). Isso acontece logo no episódio dois, com uma brutalidade fiel ao universo do jogo. Mas, para Pascal, o que mais doeu foi o simbolismo daquele adeus — especialmente pela conexão construída com Bella Ramsey e pelo novo contexto da relação de Joel com Tommy, em Jackson, que ficou ainda mais forte na série.

A morte de Joel: respeito aos fãs e ao material original

A morte de Joel: respeito aos fãs e ao material original

O desafio da equipe criativa foi enorme. Desde os roteiristas até os diretores, todos queriam garantir que a cena não parecesse gratuita ou forçada, mas sim um momento de respeito ao legado de The Last of Us e à experiência dos fãs do jogo. Pascal compartilhou que sentiu a diferença: a dureza do momento existia para muito além das telas, chegando à equipe técnica e artística, todos conscientes do significado histórico daquela sequência. Não era apenas a morte de um personagem; era um divisor de águas para a narrativa e um teste emocional para quem acompanhava Joel desde o início.

Fiel ao estilo intenso do programa, a cena trouxe uma carga emocional difícil até mesmo para uma equipe tão experiente. Pascal disse que, mesmo depois de filmar, o impacto ficou. Ele não conseguia simplesmente virar a página. O vínculo com Bella, com os colegas e até com o universo do jogo seguiria ali, como cicatriz e ao mesmo tempo como lembrança feliz de uma trajetória marcante. Para os fãs, a série entrega uma adaptação crua e corajosa. Para Pedro Pascal, fica o aprendizado de que, mesmo no universo pós-apocalíptico de The Last of Us, são as relações humanas — e suas perdas inevitáveis — que deixam marcas mais profundas.