A presença de Lionel Messi no Super Bowl
Quando o relógio marcou 18h30 no Caesars Superdome, o estádio já fervia de expectativa. Mas, para muitos torcedores, a maior curiosidade não era o próximo play dos Chiefs ou dos Eagles, e sim quem apareceria nos assentos premium. Na segunda-feira mais esperada do esporte americano, Messi chegou vestido de forma discreta: moletom creme, calça de moletom e chuteiras Adidas. O visual simples contrastava com o brilho dos holofotes, mas foi impossível não notar os dois meninos ao seu lado.
Ciro e Mateo usavam camisetas preto e branco dos Chiefs, com o nome e o número de Patrick Mahomes nas costas. O detalhe alimentou boatos nas redes – os filhos de Messi estariam torcendo pelo time de Kansas City? – e provou que, mesmo fora de campo, o craque brasileiro tem um faro para gerar manchetes.
O que surpreende ainda mais é a logística. Na noite anterior, Messi havia disputado um amistoso entre Inter Miami e o Motagua, em Honduras. Foram poucas horas entre o apito final em San Pedro Sula e o voo para Nova Orleans, um trajeto que envolveu conexão em Miami e uma corrida contra o relógio para chegar a tempo da partida.
Ao lado do argentino, estavam também Luis Suárez, Jordi Alba e Sergio Busquets. Os quatro, ex-companheiros do Barcelona, tiraram selfies nos assentos VIP e compartilham nos Stories a emoção de assistir ao maior jogo de futebol americano ao vivo. As imagens foram instantaneamente virais, acumulando milhões de visualizações em poucos minutos.

Celebridades que marcaram a noite
Se Messi foi o ponto alto, ele não esteve sozinho. Taylor Swift apareceu ao lado de Travis Kelce, seu namorado e estrela dos Chiefs, agradecendo ao público por cantar seu nome durante o show da halftime. A cantora cantou “Karma” no intervalo e ainda escreveu um tweet dizendo que “o amor é a maior vitória”.
Do outro lado da arena, o ex-presidente Donald Trump chegou ao Superdome acompanhado de assessores e de um séquito de jornalistas. Sua presença, embora discreta, gerou debates nas telas de televisão, já que a figura do político ainda polariza o público americano.
Além deles, o evento contou com jogadores da NFL que pegavam foto com Messi. Micah Parsons, dos Cowboys, posou ao lado do craque argentino, enquanto Darius Slayton, dos Giants, fez um high‑five. O momento mais compartilhado foi quando Tyreek Hill, dos Dolphins, perguntou ao garoto Mateo quem era seu jogador favorito; o menino apontou diretamente para Hill, que comemorou com um sorriso enorme.As redes descobriram que os posts da NFL destacando Messi superaram em mais de 30% o número de curtidas dos momentos de comemoração dos Eagles. A razão? O nome Messi tem peso mundial; bastam alguns segundos de vídeo para que milhões de fãs ao redor do globo comentem, compartilhem e repostem.
Patrick Mahomes, quarterback dos Chiefs, já havia declarado antes da partida que Messi era “o GOAT da sua profissão”. Quando Messi marcou dois gols em um amistoso contra Sporting Kansas City, Mahomes disse que o admirava e que sonhava em alcançar o mesmo nível de grandeza em sua própria liga. O respeito mútuo ficou evidente nos cumprimentos trocados no corredor do estádio.
Quanto ao jogo em si, os Eagles dominaram o primeiro tempo, abrindo 24 a 10 de vantagem. No segundo, a defesa de Philadelphia segurou a pressão dos Chiefs, que tentaram reagir com passes longos de Mahomes. O placar final de 40 a 22 garantiu o segundo título da franquia, mas a cobertura da mídia acabou se dividindo entre a análise tática e a avalanche de fotos das celebridades.
O Super Bowl LIX, portanto, mostrou que a festa vai muito além do campo. Entre performances musicais, anúncios de alto orçamento e a presença de figuras globais, o evento se consolidou como um ponto de encontro da cultura pop. Messi, que já apareceu em comerciais de grandes marcas durante o próprio Super Bowl, reafirmou seu papel de “embaixador do esporte”, cruzando fronteiras entre futebol e futebol americano.
Ao final da noite, enquanto os jogadores levantavam o troféu Vince Lombardi, as manchetes das redes sociais exibiam a foto de Messi sorrindo ao lado de seus filhos, ainda vestindo a camisa dos Chiefs. Mais uma prova de que, hoje, celebridades podem mudar o rumo da narrativa de um evento tão tradicional quanto o Super Bowl.