Se você já ouviu falar da Academia Brasileira de Letras (ABL) mas não sabe bem o que ela faz, está no lugar certo. A ABL reúne os maiores nomes da literatura nacional e cuida da preservação da língua portuguesa. Neste texto a gente explica como tudo começou, quem pode entrar e por que a instituição ainda importa hoje.
A Academia foi fundada em 1897, poucos anos depois da Proclamação da República. Um grupo de escritores, entre eles Machado de Assis e então presidente do Brasil, Rui Barbosa, decidiu criar um espaço para proteger a língua e incentivar a produção literária. Desde então, a missão é simples: preservar a pureza do português, divulgar a literatura e apoiar novos talentos.
Para cumprir essa missão, a ABL mantém um acervo de documentos históricos, publica o Diccionario Houaiss da Língua Portuguesa e organiza eventos como palestras, premiações e lançamentos de livros. Tudo isso de forma bem acessível ao público, com visitas guiadas ao seu prédio histórico na Rua da Academia, no Rio de Janeiro.
Os integrantes da ABL são chamados de "imortais" porque o cargo dura até a morte do membro. Cada vaga corresponde a uma cadeira numerada, totalizando 40 cadeiras. Quando um imortal falece, os outros membros se reúnem para escolher o novo candidato.
A eleição começa com a inscrição de interessados. O candidato precisa ter produzido obra reconhecida nacionalmente e ser aprovado por maioria dos imortais. O processo inclui duas votações: uma preliminar para definir os mais votados e uma final para escolher o vencedor. O discurso de posse costuma ser transmitido ao vivo e costuma trazer referências à tradição da ABL.
Além de escritores, a Academia também aceita membros honorários estrangeiros que contribuíram para a língua portuguesa. Isso reforça a ideia de que a literatura é um diálogo aberto entre países.
Hoje, nomes como Paulo Coelho, Lygia Fagundes Telles (falecida) e Carlos Drummond de Andrade (referência histórica) marcaram a história da ABL. Cada novo imortal traz seu estilo, mas todos compartilham o compromisso com a cultura brasileira.
Se quiser conhecer a Academia de perto, vale a pena agendar uma visita ao Museu da ABL. Lá você encontra manuscritos originais, edições raras e pode participar de sessões de leitura. Não é preciso ser escritor para aproveitar, basta ter curiosidade pela nossa língua.
Em resumo, a Academia Brasileira de Letras não é só um clube de elite literária. Ela funciona como guardiã da nossa identidade cultural, promove a produção de novos talentos e mantém viva a história da literatura no Brasil. Fique de olho nas notícias da ABL – sempre tem algum evento ou novo imortal chegando ao hall da fama.
Antonio Cicero, renomado escritor e poeta brasileiro, faleceu aos 79 anos na Suíça devido ao suicídio assistido, motivado por sua luta contra o Alzheimer. Ele era membro da Academia Brasileira de Letras desde 2017 e sua obra inclui poesias e ensaios admirados e musicados por artistas renomados. Personalidades culturais, como Caetano Veloso e Marina Lima, prestaram homenagens, destacando sua inteligência e contribuição à cultura brasileira.