Ítalo Ferreira: o brasileiro que virou referência nas ondas

Se você curte surf, provavelmente já ouviu falar de Ítalo Ferreira. O cara vem de Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, e conquistou o mundo com seu jeito leve e agressivo nas ondas. Mas o que faz de Ítalo um nome tão falado? Vamos entrar nos detalhes que deixaram o surfista na foto dos principais campeonatos.

Do começo humilde ao título mundial

Ítalo começou a surfar ainda criança, usando pranchas improvisadas e pegando ondas na praia da sua cidade. Aos 14 anos, já competia em torneios regionais e, em 2010, entrou na Qualifying Series (QS) da World Surf League (WSL). O talento dele era tão grande que, em 2016, ganhou o tão cobiçado título de World Champion, se tornando o primeiro brasileiro a conquistar a glória no circuito principal.

Esse título não veio fácil. Ítalo teve que enfrentar rivais como John John Florence, Gabriel Medina e outros gigantes do surf. A chave? Uma combinação de força física, equilíbrio perfeito e, claro, a capacidade de ler a água como poucos. Ele também se destacou nas ondas de Aloha (Havaí) e Pipeline, onde a técnica faz toda a diferença.

Estilo e técnicas que inspiram

O que separa Ítalo dos demais? Primeiro, a velocidade. Ele adora acelerar nas seções críticas da onda, pegando manobras rápidas que deixam o placar cheio de pontos. Segundo, a versatilidade. Enquanto a maioria prefere ondas de direita, Ítalo surfa tanto à esquerda quanto à direita com a mesma maestria.

Outra marca registrada é o uso da “air-reverse”, um movimento onde ele sobe no ar e faz a volta antes de pousar novamente. Essa manobra deixou a torcida em pé nas finais de Bali 2018. Se você está começando, vale observar como Ítalo mantém o centro de gravidade baixo e usa o tronco para direcionar a pranchinha, algo que pode ser replicado em ondas menores.

Além da performance, Ítalo tem um lado social forte. Ele costuma visitar escolas na sua região natal, incentivando a prática do surf como esporte e ferramenta de inclusão social. Essa atitude fez com que recebesse o prêmio Humanitarian of the Year da WSL em 2020.

Nos últimos anos, Ítalo tem mantido a consistência, chegando às semifinais e finais de quase todos os eventos que disputa. Em 2023, ficou em terceiro lugar no ranking geral, mostrando que ainda está entre os melhores. Ele também tem contratos com grandes marcas como Red Bull, Billabong e a própria WSL, o que garante visibilidade e apoio financeiro.

Se você acompanha as redes sociais do Ítalo, percebe como ele mistura humor, treinos intensos e momentos de família. Essa proximidade cria uma conexão genuína com fãs, que veem o surfista como alguém próximo, e não apenas como uma celebridade distante.

Para quem quer seguir os passos de Ítalo, o caminho inclui disciplina diária, treinos de força e, claro, muito tempo de água. Ele recomenda começar com pranchas maiores, que dão mais estabilidade, e ir evoluindo conforme a confiança cresce.

Em resumo, Ítalo Ferreira é mais que um campeão mundial; ele é um exemplo de como talento, trabalho duro e vontade de ajudar o próximo podem transformar uma carreira e inspirar uma geração inteira de surfistas brasileiros.

Fique de olho nas próximas competições da WSL, porque Ítalo promete ainda dar muitas emoções nas ondas e, quem sabe, conquistar novos títulos que vão entrar para a história do surf.