Luis Zubeldía – quem é, onde jogou e por que fala tanto no mundo do futebol

Se você acompanha o futebol da América do Sul, provavelmente já ouviu o nome Luis Zubeldía em vários contextos: entrevistas, boletins de resultados e até nas redes sociais. Mas quem realmente é esse técnico que tem sido destaque nos últimos anos? Vamos entender sua história, como chegou ao comando de grandes clubes e o que o faz ser tão comentado.

Do canto da arquibancada ao banco de reservas

Zubeldía nasceu em 1971 em Córdoba, Argentina. Começou como jogador nas categorias de base do Club Atlético Belgrano, mas logo percebeu que seu futuro era fora de campo. Aos 26 anos, já treinava equipes juvenis e sua visão tática começou a chamar atenção.

A grande oportunidade veio quando assumiu o Newell's Old Boys, em 2008. No primeiro ano, levou o time à final da Copa Libertadores, perdendo para o Estudiantes. O feito foi tão inesperado que a imprensa começou a rotulá-lo como "o prodígio argentino". Esse sucesso abriu portas para outros grandes clubes.

Passagem por clubes de peso

Depois do Newell's, Zubeldía comandou o Racing Club, onde conquistou o Campeonato Argentino de 2014, quebrando um jejum de 13 anos sem títulos para a equipe. Em seguida, chegou ao Lanús, onde implementou um estilo de jogo mais ofensivo, com transições rápidas e pressão alta. Seu trabalho no Lanús rendeu outra final de Copa Libertadores, desta vez contra o River Plate.

Em 2016, o técnico aceitou o convite do Boca Juniors. Na pressão de um dos clubes mais exigentes da Argentina, Zubeldía venceu a Supercopa Argentina e chegou à final da Libertadores novamente. Apesar de não levantar o troféu, seu tempo no Boca mostrou que sabe lidar com grandes egos e expectativas.

Recentemente, tem sido ligado a projetos no México e no Chile, mas decidiu voltar ao Brasil para assumir o comando de um clube da Série A, buscando provar que seu método funciona também fora da Argentina.

Estilo de jogo e filosofia

Zubeldía prega um futebol de posse, mas sem perder a velocidade de ataque. Ele gosta de organizar o time em blocos compactos, exigir agressividade na marcação e, ao mesmo tempo, trabalhar a circulação de bola pelos laterais. Um dos pontos fortes é a confiança que dá aos jovens: jogadores como Lisandro López e Gonzalo Montiel ganharam destaque sob sua direção.

Além das questões táticas, ele tem um jeito direto de falar com a imprensa. Não tem medo de criticar a arbitragem ou de apontar falhas internas, o que gera manchetes diárias. Essa postura pode ser vista como risco, mas também cria uma identidade forte que atrai torcedores que querem transparência.

Se você acompanha os jogos, vai perceber que seus times costumam marcar gols nos primeiros 15 minutos, sinal de que ele treina explosões rápidas logo após o apito inicial. Também costuma mudar o esquema no intervalo se o plano não estiver funcionando, mostrando flexibilidade e leitura de jogo.

O que esperar nos próximos capítulos

Com a temporada brasileira em pleno andamento, a performance de Zubeldía será analisada por críticos e fãs. As expectativas giram em torno de como ele adaptará seu estilo ao ritmo da Série A, onde os jogos são mais físicos e menos previsíveis que na Argentina.

Se ele conseguir levar o time a uma classificação para a Libertadores ou à conquista de um título estadual, a reputação só vai crescer. Caso contrário, pode ser mais uma fase curta, como já aconteceu em alguns clubes que passaram por seu comando.

Independentemente do resultado, Luis Zubeldía já marcou o futebol sul‑americano com suas ideias e sua personalidade. E, para quem curte uma boa história de superação e estratégia, acompanha‑lo de perto vale muito a pena.