Prevenção ao suicídio: sinais, ajuda e recursos

Falar sobre suicídio ainda é tabu para muita gente, mas entender o que está acontecendo pode salvar vidas. Se você percebeu algum comportamento estranho em um amigo, colega ou familiar, não ignore. Muitas vezes, quem pensa em acabar com a própria vida dá pistas antes de agir. O primeiro passo é ficar atento e saber como responder sem julgar.

Sinais de alerta que você pode notar

Alguns indícios são bem claros: falar sobre querer morrer, sentir-se sem esperança ou dizer que é um peso para os outros. Mudanças bruscas de humor, isolamento social, abandono de hobbies e até presentes inesperados (como organizar documentos) também podem ser bandeiras vermelhas. Se a pessoa costuma usar álcool ou drogas para escapar, a atenção deve ser redobrada. Lembre‑se de que cada caso é único, então combine esses sinais com sua percepção do comportamento habitual.

Como oferecer apoio e encaminhar ao tratamento

Quando alguém abrir o jogo, escute com atenção e mostre que está ao lado. Evite frases clichês como "vai melhorar" ou "você está exagerando"; em vez disso, diga que está preocupado e quer ajudar. Pergunte diretamente se a pessoa tem pensamentos de suicídio – a maioria dos especialistas garante que essa pergunta não incentiva o ato, mas demonstra cuidado. Se houver risco imediato, chame o SAMU (192) ou leve a pessoa a um pronto‑socorro.

Se a situação não for de emergência, oriente a buscar ajuda profissional: psicólogo, psiquiatra ou serviços de atendimento 24 h como o Centro de Valorização da Vida (CVV) – telefone 188. Ofereça-se para marcar a consulta ou acompanhar a pessoa ao local, isso pode reduzir o medo de enfrentar o tratamento sozinho. Também é útil compartilhar recursos online confiáveis, como páginas de apoio emocional e grupos de apoio.

Cuide também da sua própria saúde mental. Apoiar alguém em crise pode ser desgastante; procure um amigo de confiança ou um profissional para conversar sobre o que está sentindo. Lembre‑se que você não precisa carregar esse peso sozinho.

Prevenção ao suicídio não é uma tarefa de um dia, mas um conjunto de atitudes diárias: escutar, não julgar, oferecer ajuda concreta e conectar a pessoa a serviços especializados. Cada gesto de empatia pode fazer a diferença entre a vida e a perda. Fique atento, seja solidário e não hesite em agir quando perceber sinais de perigo.

Setembro Amarelo Foca na Prevenção ao Suicídio com a Campanha 'Se precisar, peça ajuda!'

Setembro Amarelo Foca na Prevenção ao Suicídio com a Campanha 'Se precisar, peça ajuda!'

A campanha Setembro Amarelo destaca a importância da prevenção ao suicídio com o tema 'Se precisar, peça ajuda!'. Com um foco especial na desconstrução do estigma em torno da saúde mental, a iniciativa visa reduzir os alarmantes números de suicídios no Brasil, que atingem cerca de 14 mil casos por ano.

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