Tupi busca novo rumo com a chegada de Léo Condé
Ninguém imaginava que um clube tradicional como o Tupi passaria por uma temporada tão dura em 2024. O time, que manteve uma história centenária de rivalidades e títulos em Minas Gerais, amargou o 11º lugar no Mineiro Módulo II e acabou caindo para a Segunda Divisão estadual. Foi um baque enorme para a torcida apaixonada de Juiz de Fora, que viu o Carijó perder seu espaço entre os principais times do estado. Agora, meses após o rebaixamento, o clube aposta todas as fichas em um nome já bastante conhecido dentro e fora da cidade: Léo Condé.
Léo Condé, ou Leonardo Rodrigues Condé, nasceu em Juiz de Fora mesmo e conhece o Tupi como poucos técnicos no país. Voltar a assumir o comando do clube é, para ele, um desafio pessoal e profissional. Não é exagero dizer que ele está em casa. O currículo de Condé soma passagens por times como América Mineiro, Ipatinga e Vila Nova-GO, e ele até pouco tempo comandou o Ceará na Série B, mostrando que tem bagagem de sobra para resgatar o orgulho da camisa alvinegra.
Aposta na experiência local e olhos no acesso
O presidente Eloísio Siqueira não esconde a expectativa alta em relação ao novo treinador. Segundo ele, trazer Léo Condé de volta foi uma escolha pensada na necessidade urgente de reação. "É treinador que já mostrou competência em campeonatos estaduais, conhece o clube e sabe exatamente o que o torcedor espera", afirma o dirigente, que acompanha de perto os bastidores da montagem de elenco para 2025.
Condé chega para substituir Franco Muller, técnico que acabou não conseguindo evitar a queda para a terceira prateleira do estadual. Para o torcedor do Tupi, mais do que currículo, pesa o fato de Condé saber lidar com a realidade do futebol mineiro: recursos escassos, elenco jovem e a necessidade de formar jogadores que possam render dentro de campo e dar retorno financeiro ao clube. Ele ganhou fama justamente por conseguir montar equipes competitivas nessas condições, apostando na base e criando esquemas táticos adaptados ao perfil do grupo – segredo fundamental para sobreviver nas divisões inferiores.
O primeiro desafio do novo treinador não vai demorar: já no dia 6 de setembro de 2025, Tupi encara o Novo Esporte Clube em casa, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. O estádio, com seus quase 32 mil lugares, será o palco da esperança de uma reviravolta na história recente do Carijó. Toda a preparação da equipe até lá será acompanhada de perto pela torcida, que sonha com dias melhores e com a volta à divisão de cima.
Com Léo Condé no comando, o Tupi espera não apenas evitar erros do passado, mas também transformar a crise em oportunidade. O foco é claro: voltar ao protagonismo, desenvolver jovens talentos e entregar à cidade de Juiz de Fora o orgulho de ver o Carijó forte novamente no cenário estadual. Por enquanto, a expectativa é grande, mas só o desempenho dentro das quatro linhas vai dizer até onde o novo projeto será capaz de levar o time nesta Mineiro Segunda Divisão.